Na última quinta-feira (20), a coach Kat Torres, xingou a modelo Yasmin Brunet de ‘feia’, ‘burra’ e ‘cara de cearense. Kat Torres fez isso através das redes sociais em uma transmissão ao vivo: “Vocês já viram a Yasmin sem plástica? Mostre essa sua cara sem tudo o que você fez nessa sua cara de cearense e nordestina”, disparou, ao dizer que a modelo é “feia”.
Torres segue com a sessão de xingamentos dizendo que Yasmin é “tão burra” que nem coach ela conseguiu ser. Além disso disse que a modelo tem “cabeça chata”: “A profissão mais fácil do mundo é ser coach, mas nem isso ela conseguiu. Não sei de onde ela é, mas tem uma cara de cearense com aquela cabeça chata e cheia de plástica naquela cara“.
Provavelmente, a coach terá que responder à justiça por injúria racial.
Antes disso, Kat Torres já havia sido objeto de denúncias por parte de algumas famílias brasileiras por provável crime de tráfico humano.
Em um vídeo publicado na internet por Leticia Maia, Yasmin pergunta para Letícia se ela estava sendo mantida em cárcere privado por Kat Torres nos EUA. A partir da publicação deste vídeo é que Torres começou a sessão de xingamentos contra Yasmin.
A coach negou todas as acusações. Por outro lado, Letícia Maia, através das redes sociais, começou a acusar Yasmin Brunet de fazer parte do esquema de prostituição. Diante destas acusações, Brunet se defende e diz que já acionou seus advogados no Brasil e nos EUA.
Após os xingamentos de Kat
A pedido do R7, o presidente da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da OAB/MG (Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais), o advogado Marcelo Ladeia Colen, avaliou as palavras de Kat Torres contra Yasmin Brunet.
De acordo com o advogado, as falas de Torres podem ser configuradas como crimes de injúria simples e racial: “A gente encontra no vídeo uma série de atos de injúria e ofensas. Quando a gente identifica no meio delas, uma utiliza a origem da ofendida como algo que seja depreciativo. A gente tem, em tese, a configuração da injúria racial. A injúria racial é a utilização de ofensas não só de raça ou etnia, mas também de preconceito em relação à origem do cidadão“, explica Marcelo.
Além disso, o advogado disse que a vítima deve acionar o Ministério Público para que haja uma investigação.
Marcelo Colen também falou sobre as penas previstas para os crimes de injúria simples e racial: “A injúria simples pode gerar pena de um a seis meses de detenção. Já a qualificada como a racial tem pena prevista de um a três anos de prisão. Ambas também têm cobrança de multa. Além disso, cabe ação no âmbito civil para cobrança de indenização por danos morais“.
Caso Kat Torres
Tanto Kat Torres quanto as brasileiras Letícia Maia e Desirrê Freitas, ambas com 26 anos, estão sendo procuradas pela polícia civil de Minas Gerais e pela PF brasileira.
Parentes e amigos das jovens disseram que elas cortaram o contato com suas famílias quando começaram a trabalhar com Kat Torres.
O pai de Letícia contou à polícia sobre o envolvimento das jovens em uma rede de prostituição. E aliás, ele também acha que as moças estão sendo coagidas por Torres a negar os crimes.
Através das redes sociais, as jovens publicaram vídeos dizendo que estão bem e que não querem contatar suas famílias.