Michelle da Costa Chagas, conhecida como Michelle Mibow e também como um dos grandes destaques do carnaval paulista, morreu na última segunda-feira (7) aos 40 anos. Segundo seu irmão, Felipe da Costa Chaga, Michelle Mibow foi vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) isquêmico. Portanto, vamos conhecer mais essa condição e entender como evitar o AVC.
O alerta vai para o fato de que cada vez mais, pessoas jovens vem sendo vitimados pelo AVC. Visão dupla, tonturas, vertigens e cefaleia são são alguns dos sintomas iniciais da doença. No entanto, há de se chamar a atenção para a importância dos fatores de risco que dão à população mais jovem uma predisposição a desenvolver o AVC. Isso porque, em 2021 mais de 100 mim pessoas foram vítimas fatais de AVC.
O neurologista da unidade Morumbi do Hospital Leforte, Dr. Daniel Damiani, alerta: “Cada vez mais identificamos comorbidades em jovens, tais como: hipertensão arterial, diabete, uso excessivo de álcool, sedentarismo e obesidade. São fatores que predispõem a incidência de um AVC na população mais jovem”.
Desta maneira, a manutenção de uma vida saudável durante a juventude, reduz o perigo de acontecer um AVC.
O que é um AVC
Segundo o Ministério da Saúde, o AVC ocorre quando os vasos que levam o sangue para o cérebro se rompem ou entopem causando a paralisia da área cerebral que foi privada da circulação sanguínea.
O AVC atinge muito mais aos homens. Além disso, é uma das principais causas de incapacitação, internação e mortes mundialmente.
Existem dois tipos de AVC:
Isquêmico – corresponde a 85% dos casos de AVC e é causado pela obstrução aguda de uma artéria cerebral. Isso reduz o fluxo de sangue para uma determinada região do cérebro, lesionando suas células nervosas e prejudicando sua função.
Hemorrágico – quando um vaso sanguíneo se rompe causando extravasamento do sangue comprometendo a função neuronal. Trata-se de 15% dos casos e somente é possível diagnóstica através de neuroimagens.
Quais são os sintomas
O ideal é investigar e valorizar qualquer um dos seguintes sintomas: visão dupla, cefaleia, alteração de sensibilidade, tonturas, vertigens e fraqueza.
A passista Michelle chegou a desmaiar além de ter sentido enjoos e tonturas. Tudo isso estava dando sinais de que a circulação já encontrava algum grau de obstrução e de que algo mais grave poderia acontecer.
Os sintomas surgem repentinamente e os mais comuns são – dificuldade para levantar os braços, dificuldade para falar ou sorrir, perda da força de um dos lados do corpo, boca torta, dificuldade para caminhar, perda ou alteração da visão, dormência ou formigamento no rosto, braços ou pernas.
Os principais fatores de risco para desenvolver um AVC são muito semelhantes aos que causam infartos cardíacos como, por exemplo: diabetes, histórico familiar, ingestão de álcool, tabagismo, vida sedentária, estresse e obesidade.
Sinais de alerta para evitar um AVC
Confusão mental, alteração na visão, alteração da fala ou compreensão, fraqueza ou formigamento na face, na perna ou no braço (principalmente de um lado do corpo), alteração no equilíbrio, alteração no andar, tonturas.
É frequente ter um AVC aos 40 anos?
Ainda de acordo com o Dr.Damiani do Hospital Leforte, tem se tornado frequente pessoas com quarenta anos serem vítimas de AVC. Isso porque, cada vez mais identificasse comorbidades nos jovens como: diabetes, uso contínuo de álcool, sedentarismo, obesidade, hipertensão arterial.
De acordo com o Ministério da Saúde, quanto antes diagnosticar e tratar, maiores são as chances de um paciente de AVC ter uma recuperação total.
Portanto, é muito importante estar sempre atento aos sinais e aos sintomas e procurar o médico imediatamente.
Como evitar o AVC
Por fim, o Dr. Damiani orienta como evitar o AVC e/ou doenças coronárias: “…Evitar o tabagismo, bebidas alcoólicas em excesso, práticas de atividades físicas regulares, ter alimentação saudável, evitar o estresse, manter o controle adequado da hipertensão arterial e do diabete são as bases para a prevenção.”