Vinte anos se passaram desde o assassinato do casal Marísia e Manfred von Richthofen em São Paulo. Suzane von Richthofen, filha do casal, com então 18 anos, foi apontada como a mandatária dos assassinatos. Os pais de Suzane eram contra o namoro dela com Daniel Cravinhos. Dessa maneira, o plano era matá-los para ficar com a herança. Também participou da execução do casal o cunhado de Daniel, Cristian.
Entre bens móveis e imóveis e dinheiro, o patrimônio do casal von Richthofen girava entorno de R$ 3 milhões. Atualmente seria algo como R$ 10 milhões.
Em 2006, ela foi condenada a 39 anos e meio de prisão pelo assassinato dos pais. E, em uma decisão Judicial de 2011, confirmada em 2015, consideraram Suzane indigna de receber qualquer herança da família. Entretanto, já em 2014, ela disse à Justiça que não faria questão da herança e que iria se reaproximar de Andreas, seu irmão, que em nenhum momento teve envolvimento com os homicídios.
Na época, Andreas tinha 14 anos e os assassinos o deixaram em uma lanhouse próxima à sua casa. Os três queriam afastar o menino da cena do crime.
Por fim, a Justiça de São Paulo determinou que o patrimônio do casal deveria ficar com Andreas.
Rememorando o caso Suzane von Richthofen
Logo após matar o casal, Suzane, Daniel e Cristian adulteraram toda a cena do crime. Teriam que fazer a polícia pensar que o casal foi morto em um latrocínio. Assim, desarrumaram toda a biblioteca para a polícia pensar que os ladrões a vasculharam. Além disso, o trio levou algum dinheiro em espécie e joias que estavam na biblioteca. E, para finalizar, Daniel deixou a arma particular de Manfred ao lado dele para parecer que ele havia tentado se defender dos assaltantes.
Tudo que os assassinos usaram para cometer o crime – luvas, arma do crime e meias-calças, foram jogados numa caçamba de lixo dentro de um saco plástico.
Após o crime, Suzane e Daniel deixaram Cristian perto da casa dele e seguiram para um motel em São Paulo. Depois de um tempo, foram buscar Andreas na Lanhouse.
Durante as investigações, a polícia percebeu a adulteração da cena do crime. Souberam que os pais de Suzane eram contra seu namoro através de conversas com pessoas mais próximas à família. O fato em si já seria um motivo para o crime. Além disso, Suzane caiu em várias contradições durante o seu depoimento. O cerco fechou quando a polícia soube que Cristian comprou uma moto nova, pedindo, assim, sua prisão preventiva. Os assassinos confessaram o crime no dia 8 de novembro.