Em fevereiro, Mary Hellen Coelho da Silva (21), brasileira, foi presa com mais dois homens brasileiros, no Aeroporto de Bangkok (Tailândia), por tráfico internacional de drogas. A saber, os jovens portavam 15,5 quilos de cocaína. Após julgamento, a condenaram a 9 anos e 6 meses de prisão.
De acordo com uma de suas advogadas de defesa, kaelly Cavoli Moreira, decretou-se a sentença no Domingo (8). Porém, a embaixada brasileira só recebeu a informação na quarta-feira (11) e os advogados só souberam da decisão, através de um e-mail do consulado brasileiro, na madrugada de quinta-feira (12).
Ao tomar conhecimento da sentença, a brasileira presa, Kaelly declarou: “A gente teve uma pena muito positiva, melhor do que a gente esperava. Nós já tínhamos descartado a pena de morte e a prisão perpétua. Estamos caminhando para uma pena humana, o mundo precisa ir na contramão de penas desumanas”.
Como funciona a pena para o tráfico na Tailândia
Na Tailândia, o tráfico de drogas pode levar à pena de morte ou à prisão perpétua. Porém, depende do tipo de droga, das circunstâncias e da quantidade levada. No final de 2021, a pena para o tráfico de cocaína passou a ser de 15 anos de prisão.
Ainda de acordo com a advogada, Kaelly Moreira, dividiu-se a sentença em dois anos por crime civil e sete anos e seis meses por crime penal. “A brasileira teria sido assistida por defensor público nomeado pela própria corte. O setor consular está tentando desde quarta-feira (11), obter cópias dos documentos da sentença da brasileira”, explicou Kaelly.
Além disso, após conseguir o acesso à sentença, a defesa tentará a extradição de Mary Hellen para que ela cumpra a pena no Brasil.
Outro advogado de defesa de Mary Hellen, Telêmaco Marrace, afirma que a jovem entrou de “mula” na Tailândia. Ou seja, ela não sabia que estava carregando a droga na mala.
A defesa de fato estuda pedir o “perdão real” ao rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn que reina desde 2019.